GUIGÓ DE SERGIPE, DESPERCEBIDO EM CARMÓPOLIS!
A Mata Atlântica do Estado de Sergipe é
um dos biomas cujas informações sobre a sua biodiversidade são escassas e praticamente inexistentes.
Apesar de bastante antropizada e descaracterizada em relação à sua configuração
original, os poucos estudos realizados nos fragmentos de Mata Atlântica da
região do Estado indicaram a presença de algumas espécies endêmicas e ameaçadas
de extinção. Nos últimos anos, uma nova
espécie de primata foi descrita em Sergipe.
Tal descoberta mostrou-se extremamente
relevante para a ciência, uma vez que os primatas são um dos grupos
relativamente mais bem conhecidos e estudados
e imaginava-se que, pelo menos no Nordeste do Brasil, todos os grupos de símios já se encontravam
identificados pela ciência.
A nova espécie descrita em Sergipe foi
cientificamente designada de Callicebus
coimbrai, é localmente conhecida como guigó e ocorre exclusivamente em
alguns poucos fragmentos florestais do Estado de Sergipe e do norte da Bahia.
Pretende-se, portanto, em parceria e com o apoio da
PETROBRÁS realizar um estudo sobre o guigó-de-sergipe (Callicebus coimbrai), promover a conservação de suas populações nos
remanescentes de Mata Atlântica dos Municípios de Japaratuba, Carmópolis e
General Maynard, iniciar um programa de
educação ambiental na região, visando a informação e a conscientização da
população para a importância da manutenção das matas e de suas comunidades
animais e desenvolver ações de recuperação de florestas localizadas
nos 3 municípios, próximos ao Campo Petrolífero de Carmópolis.
Por Várias Vezes Foi Apresentado uma Justificativa ao Poder Público Municipal Principalmente em Outras Gestões Mas Nada Foi Feito Para Proteger o Guigó em Carmópolis!
O guigó-de-sergipe, Callicebus
coimbrai é um primata
endêmico de uma pequena faixa de Mata Atlântica compreendida entre o Estado de
Sergipe e o extremo norte do Estado da Bahia.
A espécie atualmente considerada
como criticamente ameaçada de extinção pela lista oficial do IBAMA e MMA
foi descrita por Kobayashi e Langguth em
1999 com base na análise de espécimes
coletados na zona da mata de Sergipe.
Ao descreverem o
primata, os autores mencionaram sua
restrita área de distribuição, e deixaram evidente a necessidade de estudos
para o conhecimento de seus hábitats e da implantação de programas de
conservação de suas populações. A partir de então, algumas informações
foram acrescentadas ao trabalho de
Kobayashi e Langguth, principalmente em relação à novas áreas de ocorrência e
ao grau de ameaça na qual a espécie se encontra. Sousa (2000) acrescentou
novas localidades em relação àquelas
mencionadas por Kobayashi e Langguth, uma delas situada no nordeste do Estado
da Bahia. Roosmalen et all (2002)
fizeram uma compilação das informações até então disponíveis e hipotetizaram os
limites de sua distribuição entre o Rio Itapicuru, ao norte, até o Rio São
Francisco.
Sousa (2003) indicou
a distribuição de Callicebus coimbrai em Sergipe, comentou a situação de suas áreas
de ocorrência e do seu estado de conservação e argumentou que todas as áreas
florestadas do Estado de Sergipe encontram-se sob forte processo de degradação,
inclusive aquelas que são redutos das diminutas populações de Callicebus coimbrai, e que, apesar de
persistirem em alguns fragmentos e terem suportado ao longo dos anos a
deterioração de seus ambientes, suas populações acham-se em franco declínio,
principalmente devido à caça, redução e conseqüente perda de habitat. De acordo
com Sousa (op. Cit.), alguns desses fragmentos florestais
localizam-se próximos ao campo Petrolífero da PETROBRÁS, como por exemplo, a
mata da Aguada, no município de Carmópolis.
O
quadro de supressão e declínio das populações de C. coimbrai tende a ser intensificado nas matas remanescentes, caso
não sejam tomadas medidas para a proteção das áreas e ações de conscientização
e educação ambiental, uma vez que com as alterações nos fragmentos, com
conseqüente diminuição da qualidade do
habitat, aumento de clareiras e do efeito de borda, as populações de C. coimbrai tornam-se vulneráveis e
acuadas às ações de caçadores.
O desenvolvimento das ações de
pesquisa, conscientização e proteção, reflorestamento das matas, enriquecimento
florístico do fragmentos e a conexão entre eles, será um passo importante na
preservação desta espécie. Essas ações serão importantes também para a proteção
de outras espécies ameaçadas, como os gatos do mato (Felis spp.) e
lontra (Lontra longicaudis), e criticamente ameaçadas como o
macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternos) que também merecem
atenção na mesma paisagem.
Justifica-se esta proposta, portanto, pela
necessidade urgente de conhecimento, proteção e de programas de conscientização
e educação ambiental para reverter o grau de ameaça na qual a espécie se
encontra.
A
oportunidade para o conhecimento, manejo e conservação através da parceria com
a PETROBRÁS denotará não só a postura ecologicamente correta da empresa como
também o compromisso e a responsabilidade em relação ao meio ambiente, às
comunidades e a conservação da
biodiversidade.
Apresentamos Várias Propostas
Apresentamos proposta com os seguintes objetivos:
Apresentamos proposta com os seguintes objetivos:
Obter dados sobre a
ecologia de C. coimbrai,
observando a situação de suas
populações, os seus hábitos alimentares e reprodução no ambiente natural;
Realizar um censo das
populações remanescentes de C. coimbrai
na Mata da Aguada;
Caracterizar o habitat de C. coimbrai através de um
levantamento florístico e descrição do
estado de conservação das florestas remanescentes;
Recompor, enriquecer e reflorestar fragmentos de Mata
Atlântica visando a melhoria do habitat disponível para a espécie e a formação
de corredores ecológicos entre os principais fragmentos florestais da região,
Envolver fazendeiros, lideranças políticas, comunitárias,
religiosas, professores e estudantes em um amplo programa de conscientização e
educação ambiental para as comunidades locais.
Dr. Marcelo Souza, Biólogo um dos guerreiros nesta descoberta cientifica!
A associação de Defesa do Meio Ambiente, pioneira nesta luta em Carmópolis, através do seu representante o Ambientalista Sérgio Vieira, redator e responsável por esse blog. Sempre empenhado, homenageamos essa descoberta, dando nome em nosso time amador aqui em Carmópolis como Guigó F.C.
Dr. Marcelo Souza, Biólogo um dos guerreiros nesta descoberta cientifica!
A associação de Defesa do Meio Ambiente, pioneira nesta luta em Carmópolis, através do seu representante o Ambientalista Sérgio Vieira, redator e responsável por esse blog. Sempre empenhado, homenageamos essa descoberta, dando nome em nosso time amador aqui em Carmópolis como Guigó F.C.
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